Episódio 02 – 'O reencontro'

Narrado por Bianca

Aquele sábado parecia comum. As crianças tinham ido dormir na casa da minha mãe, e pela primeira vez em muito tempo, a casa estava em silêncio. Só eu e Lucas.

Eu estava nervosa, como se fosse nosso primeiro encontro. Escolhi uma lingerie que não usava há anos — preta, rendada, que marcava minha cintura e deixava meus seios firmes. Passei o batom vermelho que ele sempre gostou e, antes de sair do quarto, borrifei no corpo o perfume Divine da Lovere.

O aroma se espalhou pelo ar, doce e provocante, como se fosse feito para despertar desejo. Eu me olhei no espelho e senti um arrepio. Era como se aquela fragrância tivesse o poder de acordar uma versão esquecida de mim — a mulher que seduz, que provoca, que enlouquece o homem que ama.

Quando desci para a sala, Lucas já me esperava. Ele me olhou de cima a baixo e, antes mesmo de dizer qualquer coisa, se aproximou e aspirou fundo o ar ao redor do meu pescoço.

— Meu Deus, que cheiro é esse? — ele perguntou, encostando o rosto na minha pele, aspirando mais uma vez. — Você está deliciosa... não consigo parar de te cheirar.

Senti um sorriso escapar. Ele estava completamente tomado pelo Divine. Cada vez que se aproximava, fazia questão de enfiar o rosto no meu pescoço, nos meus cabelos, nos meus seios, como se o perfume fosse uma droga viciante.

O beijo dele veio faminto, cheio de desejo. E eu soube: ele já não era o mesmo homem cansado da rotina. Ele estava entregue.

Foi então que puxou algo da bolsa que estava ao lado do sofá. Olhei curiosa.

— Quero te mostrar uma coisa... — disse ele, abrindo a caixinha discreta com o nome Lovere.

Dentro, estava o Power Lib.

— É um gel excitante, amor. Li sobre ele... aumenta a sensibilidade, faz o prazer ficar mais intenso. Quero usar em você hoje.

Meu coração disparou. Eu não esperava por aquilo. Fiquei tímida, mas ao mesmo tempo, excitada só pela ideia.

— Confia em mim? — ele perguntou, com aquele olhar firme.

Assenti em silêncio.

Lucas abriu o tubinho, espalhou uma pequena quantidade nos dedos e me deitou no sofá. Minhas pernas se abriram naturalmente, e ele se abaixou entre elas, passando o dedo devagar pelo meu clitóris, massageando com calma.

O primeiro toque já foi diferente. Era quente, pulsante. Em segundos, meu corpo inteiro reagiu. Eu arqueei as costas, gemendo baixo, surpresa com a intensidade.

— Meu Deus... — sussurrei, apertando o braço dele.

Ele sorriu satisfeito, continuando a massagear, enquanto beijava minhas coxas e aspirava mais uma vez o perfume Divine, como se não conseguisse resistir.

O calor se espalhava, a excitação tomava conta de mim como fogo correndo pelas veias.

Não aguentei e puxei a cabeça dele para mais perto. Ele entendeu, e logo sua língua encontrou meu clitóris já pulsando de tesão. A combinação da boca dele, com o Power Lib, e o perfume Divine me fez perder o controle.

— Você está deliciosa... não consigo parar de sentir você... seu gosto, seu cheiro... tudo em você está me deixando louco. — ele murmurava entre um beijo e outro.

Eu já estava molhada demais. Implorava pelo corpo dele.

— Lucas... vem pra mim... por favor...

Ele tirou a roupa rapidamente, me segurou firme e, sem demora, me penetrou com força. O choque me fez soltar um gemido alto, quase um grito. Era como se eu estivesse mais apertada, mais sensível. Cada estocada dele parecia atingir um ponto novo, profundo, intenso.

O corpo dele deslizava dentro de mim, e eu me agarrava aos ombros dele, enquanto ele enfiava o rosto no meu pescoço, aspirando o Divine sem parar, enlouquecido.

— Esse cheiro vai me matar... você é minha, só minha... — ele gemia no meu ouvido, acelerando o ritmo.

Quando ele pressionou meu clitóris com o polegar enquanto me penetrava, não resisti. Um orgasmo forte, arrebatador, me tomou por inteiro.

Gemi alto, o corpo tremendo, e senti ele também perder o controle, gozando junto comigo, ofegante, tomado pelo cheiro, pelo gosto, pelo desejo.

Caímos juntos no sofá, suados, rindo, ofegantes. Olhei para ele e vi aquele brilho nos olhos que há muito tempo não via.

Naquela noite, não éramos apenas marido e mulher. Éramos amantes novamente.

E eu soube: esse era só o começo.